Falhas no fornecimento de energia em Rio Verde vêm causando prejuízos aos moradores. Na segunda-feira (13), mais de 5 mil casas ficaram sem energia por cerca de 10 horas. Na noite do dia anterior, um curto-circuito na rede elétrica estragou aparelhos eletrônicos em doze casas, e uma dela chegou a ser incendiada.

O aposentado Nivaldo Moraes Silva conta que ele e a família estavam na igreja quando o incêndio aconteceu. Ele aguarda a vistoria da seguradora para contabilizar o prejuízo. As chamas atingiram móveis, televisão e a fumaça deixou marcas por toda a casa.

“Pegou minha casa muito conservada, eu fiz bom uso, e se deu quiser eu vou continuar usando ela, mas eu quero ser ressarcido do que aconteceu na minha casa”, afirma o aposentado.

Já por conta do apagão de segunda-feira, um supermercado teve que desfazer de 300 itens, um prejuízo que chegou a mais de R$ 20 mil. Segundo a advogada Anna Paula Gonçalves Ferreira, o consumidor que se sentir lesado pode apresentar um pedido de ressarcimento à Companhia Energética de Goiás (Celg).

“Ele pode pleitear pelo ressarcimento de tudo que foi danificado em virtude desse problema que teve na queda de energia. Claro que se não conseguir isso administrativamente ele vai ter o caminho judicial para poder ter o ressarcimento”, explica a advogada.

O requerimento pode ser feito em até 90 dias após o dano. Depois, a Celg tem um prazo de dez dias para fazer a vistoria no equipamento. Já no caso do dano ser em aparelho que serve para condicionar alimentos perecíveis ou medicamentos, o prazo para realização da vistoria cai para um dia.

Para o promotor de Justiça Márcio Toledo, os problemas na rede de energia se devem à falta de investimento na companhia. “A Celg infelizmente não tem feito investimentos na sua rede de distribuição, nem manutenção”, afirma.

Enquanto os problemas não são solucionados, o Corpo de Bombeiros recomenda que os moradores tomem medidas de segurança para evitar os danos, como retirar os cabos de aparelhos eletrônicos das tomadas sempre que os moradores saírem de casa.

“Quando a energia, ao retornar, ela pode vir com a sobrecarga. Isso pode provocar um aquecimento nos equipamentos, que podem provocar incêndios”, explica o tenente Devaci Martins de Melo.

Fonte: G1 Goiás